Olá pessoal! Hoje eu vou falar de um assunto muito interessante e que causa polêmica, a eutanásia, mas primeiro, peço descupas por não ter postado ontem. Essa semana está sendo uma semana muito corrida, por isso não consegui postar ontem. Mas aqui estou eu, fazendo a minha parte. Vamos começar?
Para quem não sabe o que é eutanásia, ai vai a explicação: Palavra grega que significa boa morte.Ou melhor, morte causada pelo médico, com o consentimento do paciente, quando o sofrimento físico ou psíquico é incurável ou insuportável, ou suicídio assistido (morte nas mesmas circunstâncias, mas provocado pelo paciente.).
Aqui no Brasil, não há muita discussão sobre esse assunto, mas segundo uma enquete feita no site da Super Interessante em 2001, 50,4 % dos 14915 internautas que votaram eram contra a legalização da eutanásia. Em quanto isso no Canadá 76% da opinião publica é a favor, na Austrália 81% e nos EUA 57%.
Em algumas pesquisas feitas em 1997 nos EUA, 40% das pessoas morrem sentindo dores insuportáveis, 80% sofrem fadiga extrema, 63% passam por sofrimento físico e psíquico antes de deixar a vida. A situação não deve ser muito diferente aqui no Brasil.
A questão se complica quando começa a discussão sobre quem decide, onde e quando a morte deve acontecer.
Muita gente é contra a eutanásia porque acredita que Deus deu a vida e somente ele pode tirar. Mas pensando bem, um paciente que tenha uma doença grave, como o câncer de pulmão, que é considerado um assassino rápido, pois mata em poucos meses, sente muitas dores, mas a medicina consegue controlar essas dores, porém, a certeza de morte assusta os pacientes, principalmente por temerem estar sozinhos na hora da morte.
Uma doença que deixa uma pessoa em estado vegetativo, que destrói seu corpo aos poucos, causa muito mais sofrimento para quem está doente e as pessoas a sua volta. Foi o caso do jornalista Derek Humphry. Sua esposa Jean lutou anos contra um câncer de mama, e um dia decidiu se render. Derek procurou um médico que ele havia entrevistado há alguns anos e pediu orientação de como proceder para acabar com o sofrimento de sua esposa. O médico conseguiu para ele a chamada “pílula negra” e 50 minutos depois de dá-la a Jean, ela estava morta, sendo sua ultimas palavras “Adeus meu amor”. Três anos depois Derek publicou um livro chamado Jean’s way que relata a história de Jean, e em 1991 lançou o Final Exit, onde o jornalista defende a eutanásia e ensina como se matar e dá as doses certas de cada medicamento.
O maior defensor da eutanásia é o custo da morte e de manter uma pessoa doente viva. Definhar em um hospital custa em média 2000 reais por dia, em UTIs seis vezes mais. Já o custo de um velório e documentos sai bem mais barato.
- Em 1934 o Uruguai torna-se o primeiro país do mundo a abrir a possibilidade de eutansia no código penal
-Em 1939 a Alemanha instituiu o Akition 4, um plano de eutanásia que permitia matar quem tivesse uma vida que não merecia ser vivida, e crianças deficientes físicas e mentas passaram a ser mortas. Em 1940 o plano de eutanásia se estende para adultos deficientes, judeus, negros, ciganos e homossexuais. Muitas pessoas condenam a eutanásia por medo de um novo holocausto.
-Em 1996 foi proposto um projeto de lei que legalizava a morte piedosa no Brasil, mas nunca entrou em votação
- Em 1997 o estado americano de Origon torna-se o primeiro a legalizar o suicídio assistido. Anos depois o governo passa a pagar para as famílias que optassem por abreviar a vida, como compensação dos gastos que o governo teria com os doentes.
E você, é contra ou a favor da eutanásia?
Por hoje é só
Até a próxima semana.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Eutanásia: Você que escolhe!
Postado por Camila Nardini às 15:43
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3 comentários:
Eu sou a favor da eutanásia, assim como a favor da pesquisa de células-tronco, aborto, pena de morte, prisão perpétua, etc. Tudo isso dá resultado, mas o mais difícil é saber criar regras pra não sair do controle, o que é muito falho na justiça incapaz brasileira; então é melhor que não aprovem, já que não temos gente competente pra administrar essas decisões polêmicas. Acho que esse plano de eutanásia da Alemanha nem pode ser muito contado, já que se passou na época da II Guerra Mundial. Talvez as eutanásias da Alemanha aconteciam no "Hospital Auschwitz", hehehe.
Acho dificil alguém decidir se a eutanásia é necessaria, sem passar por um sofrimento extremo.
Não sou contra a legalização.
Porem é muito triste pensar nela.
Afinal é quando as esperanças se forão, quando a dor é a única coisa presente.
Fique muito impressionada com a história da mulher do jornalista. Nem tem como se por no lugar dela ou dele.
Sem duvidas a eutanásia é uma atitude extrema.
E só a pessoa submetida tem direito de opinar, o que fica dificil em alguns casos. Porém em casos de estado vegetativo, sem nenhuma atividade cerebral, não tem pq a pessoa ficar lá.
A decisão é extremamente difícil, mas não vejo isso sendo legalizando atualmente em qualquer lugar do mundo, pois o ser humano ainda está mais preso ao material que ao espiritual. Sofrimento nenhum deve ser prolongado.
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