O mundo e o que você é.

Acima de tudo, obrigado por estar entrando no nosso blog e espero que curtam o que fazemos aqui. Hoje vou comentar um pouco sobre uma reportagem que eu li na revista Super interessante sobre personalidade.

A individualidade humana é um mistério: somos todos diferentes uns dos outros, até mesmo gêmeos idênticos, que carregam o mesmo DNA e foram educados da mesma forma.
A genética não determina o comportamento. O nosso DNA possibilita e favorece alguns comportamentos, mas não determina nada. “Os genes não restringem a liberdade humana – eles a possibilitam”, diz Matt Ridley, autor do livro O que nos faz humanos. A genética não é um destino, não determina o que você vai ser. Ela oferece predisposições. “Todos estão sujeitos a influências ambientais que podem, sim, mudar a expressão dos genes e fazem com que eles não se manifestem”, diz André Ramos, diretor do Laboratório de Genética do Comportamento da Universidade Federal de Santa Catarina.

Os traços da personalidade são idéias e conceitos que dependem da cultura, lugar, da época e dos olhos de quem vê. O que denominamos inteligência, má educação e timidez no Brasil pode ser algo diferente no Japão. Por isso que não podemos definir a personalidade pura no DNA. Mas nossa herança genética pode influenciar no funcionamento do corpo, que, em uma cultura ou em outra, resulta em comportamentos diferentes.

Os pais, que influenciam muito a personalidade dos filhos, são considerados os agentes mais importantes. São eles que nos educam a controlar nossos desejos de acordo com regras morais, castigos e convenções da civilização.

A composição genética tem ainda efeitos indiretos, que acabam influenciando até o comportamento dos pais. É que os pais variam a forma de tratamento conforme o filho. Crianças alegres, que sorriem e olham nos olhos dos pais, costumam deixá-los gratos e mais carinhosos.
A amizade também é outro fator que influencia na personalidade adulta. Isso explica por que pais normais, que sempre seguiram as regras da boa educação, deparam com um filho criminoso. Talvez nossos avôs não estivessem errados em se preocupar tanto com as más companhias.

É possível mudar nosso jeito de ser? Sim. Na verdade, mudamos nossa personalidade a toda hora. Agimos de modos diferentes com pessoas de idade, sexo ou posição social diferentes. Alem disso nossa personalidade depende do que os outros acham: você pode ser chato para uma pessoa, mas gente boa ou confiável para quem o conhece melhor. Mas talvez o caminho de nos conhecermos melhor, mudar o que for possível e nos contentar com o que somos seja o grande desafio da vida.

"Quando eu tiver um mano, eu quero que ele se chame Herrar, porque Herrar é o mano."