Para quem não sabe, o “Programa Jovens Embaixadores” levará 35 estudantes brasileiros aos Estados Unidos, por duas semanas, com todas as despesas pagas.
Os 35 escolhidos vão viajar em janeiro de 2009. A previsão é de que eles passem uma semana em Washington, capital dos Estados Unidos, onde vão participar de reuniões com autoridades do governo americano. Os jovens embaixadores ficarão hospedados em casas de famílias americanas, freqüentarão a escola e farão apresentações sobre o Brasil para os colegas de turma.
Para ser um Jovem Embaixador é preciso:
- Ter entre 15 e 18 anos
- Ter fluência oral e escrita na língua Inglesa
- Ser engajado em atividades comunitárias
- Nunca ter viajado para o exterior
- Estar cursando o Ensino Médio em escola pública
- Ter desempenho bom ou excelente na escola
- Comprovar carência financeira
- Ter iniciativa, boa desenvoltura oral, flexibilidade, facilidade de adaptação social, bom relacionamento em casa, na escola e na comunidade
O Programa Jovens Embaixadores não deixa de ser uma ótima oportunidade de vida para esses adolescentes, mas ao mesmo tempo em que prevê abranger comunidades de jovens mais humildes, exige de tais um conhecimento avançado em uma língua estrangeira que nem escolas particulares conseguem fazer que seus alunos saiam fluentes.
Já que os candidatos têm que provar carência financeira, é fácil concluir que seria, praticamente, "impossível" de esses candidatos estarem cursando, paralelo ao Ensino Médio, um curso de idiomas.
Mas o objetivo é levar adolescentes que possam representar seu país e fazerem seus devidos papeis como embaixadores mirins, mas fica em aberto o tema... será justo exigir o Inglês fluente de jovens pertencentes a classes, relativamente, baixas?
7 comentários:
Muito legal a idéia apesar dos apesares dessas exigências meio contaditórias. Espero que eles consigam encontrar alunos assim aqui no Brasil, o que seria um grande avanço.
Mas um negócio que eu queria comentar, mesmo sendo aluno bolsista onde estudo, é o preconceito que os alunos de escolas particulares sofrem em iniciativas do governo. Eles nunca são incluídos nesses e nem sempre estar ou não em uma escola pública é sinal de baixa renda. Existem pessoas que têm condições de colocar os filhos em escola particular mas não colocam porque a escola pública perto de suas casas oferece um bom ensino e pessoas com renda baixa que se endividam para colocar o filho em uma escola particular...
Mais uma vez, acho que o importante é criar um padrão de renda para ser analisado e não apenas um critério pelo tipo de escola.
Utilizei o termo "baixa renda" uma vez que os candidatos precisam provar carência financeira, certo guys? Não me referindo a escolas públicas ou particulares.
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Excelente texto.
É muito errado exigir inglês fluente!!! Pq, como um estudante de baixa renda, vai ter condições de pagar um curso extra?. Mesmo que ele faça em algum lugar comunitário, seria muito difícl ter a escrita e a oralidade fluentes!!!
Aí, dá pra perceber o qto os americanos, nos têm como Idiotas!
Maquearam o programa como se fosse uma oportunidade única, qdo na vdd, eles se quer se importam se o nível de ensino da 'língua' é compatível!!!
Beijooss
Andreza (Trocando Idéias/Extensão Digital)
Americano tem até dificuldade de falar "Obrigado". Pode?
Quando a esmola é grande o santo desconfia.
A idéia em si é realmente ótima e de grande importância.
Agora que história é essa de inglês fluente??
=/
O que falta é exigirmos que os americanos que venham pra cá saibam falar português, ao invés de se sacrificar para falar a língua deles no nosso país. Lá você tem que falar a língua deles, justo, por que aqui é diferente?
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