O presidente da Venezuela Hugo Chávez advertiu a Colômbia a não ultrapassar a fronteira para realizar operações contra rebeldes das Farc em território venezuelano, dizendo que tal atitude poderia iniciar uma guerra.
As observações de Chávez vieram horas depois da Colômbia ter feito uma operação no Equador neste sábado (1) que matou o número dois no comando das Farc, Raul Reyes.
"Presidente Uribe, pense nisso. É melhor não ter tido a idéia de fazer isso no nosso território, porque provocaria uma guerra", disse Chávez em sua primeira reação à operação, em um evento no Palácio Presidencial Miraflores.
"Isso é uma coisa muito grave, que não tem precedentes em nossas terras", disse Chávez acrescentando que telefonou para seu aliado Rafael Correa, presidente do Equador. "Nós concordamos em manter a troca de informações".
"O governo da Colômbia admite ter feito uma incursão, violando o espaço (aéreo) de um país vizinho de uma maneira irresponsável. Isso é preocupante", disse Chavez.
Militares colombianos mataram Reyes em um ataque aéreo no Equador, desferindo um grande golpe na guerrilha, reportaram oficiais em Bogotá. Uribe telefonou a Correa para falar com ele sobre a operação, mas não ficou claro se eles se falaram antes ou depois da ação.
Reyes estava em um acampamento rebelde localizado a 1,8 km da fronteira colombiana-equatoriana, quando a força aérea da Colômbia começou a bombardear pouco depois da meia-noite de sábado, segundo o ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos. Tropas de solo colombianas seguiram também para o esconderijo da guerrilha. Dezessete guerrilheiros e um soldado foram mortos na operação.
"É o mais pesado golpe contra este grupo terrorista", disse o ministro da defesa colombiano.
Reyes, 59, cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia, foi um líder sindical que trabalhou na gigante alimentar suíça Nestlé, no sul do departamento de Caqueta, quando entrou para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na década de 1970.
Ele era o principal porta-voz das Farc e era visto como um possível sucessor do chefe da guerrilha de 77 anos, Manuel Marulanda. Seu assassinato foi um grande golpe para o presidente Alvaro Uribe, que tem tido uma atitude dura contra as Farc. Foi a primeira vez que um dos sete membros do secretariado das Farc, ou do conselho de liderança, foi morto em combate.
E agora fica a dúvida, será que é possível existir uma guerra entre países sul-americanos? Não seria mais fácil uma aliança para acabar com as Farc? Cháves estaria apenas dando um blefe para mostrar seu possível poderio? Sinceramente acredito mais nesta última hipótese já que considero essa declaração um exagero em relação ao acontecido já que o próprio presidente do Equador não se manifestou contrário à operação.
Os verdadeiros descontentes do caso são os líderes das Farc que podem parar as operações de liberação dos reféns que estão sendo feitas gradativamente. É clara a perda da força do grupo mas o fim deles ainda deve estar longe e serão precisas muitas ações conjuntas para conseguir acabar com o grupo que dá muito trabalho ao governo colombiano.
Por hoje é só e até quinta...
domingo, 2 de março de 2008
Será??
Postado por Douglas Garcia às 15:16
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